Nós do Movimento A Plenos Pulmões e do Pão Rosas que estamos construindo junto com companheiros independentes de nosso curso a chapa Ekóabok para gestão 2010 do CAFF, queremos aqui, abrir um debate com o conjunto dos estudantes de Ciências Sociais em questões que para nós são fundamentais de serem discutidas e colocadas na construção de um programa, expressamos aqui uma posição, sobretudo nossa, que começamos a debater com o conjunto da chapa, mas que ainda não chegamos a uma síntese suficiente para expormos como um programa de todos, partindo de uma posição democrática que as diferenças de concepção e posicionamentos diferentes, sejam apresentados a todos.
Para nós é fundamental partir dos elementos que compõem a nossa realidade social, e ligarmos a UNESP e nosso curso frente eles, como forma de conseguir estabelecer mais clara e precisamente nossas posições, e assim, estabelecer um dialogo aberto e sincero com os estudantes.
Primeiro colocar que precisamos partir de refletir as políticas colocadas para educação desde o Prouni e Reuni do governo federal (Lula), aos vários movimentos pensados pelo governo estadual (Serra) para adequar o ensino superior ao interesses dos empresários.
Poderíamos simplesmente nos perguntar “o que temos a ver com isso?”, e a resposta é bem simples, esses planos afetam diretamente a UNESP, que não está isenta de tais transformações, menos ainda o nosso curso. Desde a expansão de vagas, passando pelos decretos de 2007 e os recentes PDI e Univesp no último ano, foi se configurando varias mudanças na UNESP, onde atua em um sentido muito parecido com as reformas federais de Lula, Serra a seu modo expandiu as vagas da UNESP, mas manteve o orçamento da universidade igual, em 2007 inverteu o principio educativo, colocando claramente que as universidades estaduais deveriam se voltar fundamentalmente para produções operacionais, ou seja, que atendam a interesses materiais diretos (pesquisas de cunho tecnológico), não da população, mas das empresas através de suas parcerias, e visto os entraves postos pelo movimento estudantil recuou para em 2008 aparecer com uma cartada mestra, o PDI, plano que trata exclusivamente da UNESP, na qual se aprofunda as questões referentes às PPPs (Parcerias Púbico Privado), além de planejar uma reestruturação nos cursos, de forma a responder ao problema de falta de professores, por exemplo, propondo a união de mesmos cursos, ou seja, o fechamento de cursos. E isso poderia ser feito na medida que o governo propões um ensino de “alta capacidade de excelência” através do EAD (Ensino a distância) pela Univesp que tem seu vestibular marcado para dezembro.
Basta olharmos para nosso curso e vermos uma reestruturação imposta pelo MEC que aumentou absurdamente a carga de estágio e práticas sem sentidos como os AACC, em contra partida retirando várias disciplinas de nosso curso como, Economia, História e Filosofia, com um fim claro de transformar nosso curso em um bolsão de formação de professores, enquanto se investe em cursos que trazem retorno financeiro (para as empresas) como as engenharias.
E nesse momento de crise do capitalismo, em que as contradições tendem a se aprofundar na sociedade, assim como, dentro da universidade e coloca a possibilidade real de mais ataques à educação. Para nós é fundamental que os estudantes frente a esse cenário lutem para combater essas políticas privatizantes desses governos e contra esse regime de exploração que se sustenta pela lógica do lucro a qualquer custo para poucos, que não estão interessados em melhorar a educação, mas manter os lucros das empresas, e que vão tentar a todo custo fazer com que o ônus dessa crise seja pago pela juventude e trabalhadores.
É fundamental que o movimento estudantil dê uma resposta frente a tantos ataques, porém ela não pode vir apenas através da negação das políticas impostas, mas por um programa que responda de fato aos problemas da educação e da universidade, estabelecendo uma aliança com os trabalhadores e o povo que sustentam a universidade, mas que nem eles, nem seus filhos têm acesso a um ensino superior público e de qualidade. Nessa perspectiva é preciso que cada luta por nossas demandas mais mínimas levem ao questionamento do caráter da universidade, buscando uma aliança com os trabalhadores por uma luta pela estatização das universidades privadas, combinado com o fim do vestibular para que todos tenham direito ao acesso, e pôr fim à estrutura de poder arcaica da universidade, onde a minoria de professores decide tudo que será colocado para as universidades em contribuição direta para com os governos, pois não a toa é o Governador quem escolhe os reitores, substituindo esse regime antidemocrático, por um em que todos tenham peso igual de voz e voto, que as decisões sejam tomadas por fóruns democráticos, e não por um REItor iluminado por seus diretores, que quando os estudantes se mobilizam mandam a polícia como forma de diálogo, seja na USP e Unesp de Prudente esse ano, ou em Araraquara em 2007.
Por sabermos que a repressão é sempre a resposta às nossas lutas, nos colocamos enquanto defesa incondicional dos estudantes e trabalhadores, assim como do conjunto dos movimentos sociais que se colocam em lutas por suas demandas democráticas e são perseguidos, pela polícia, governos e pela mídia, como podemos ver na ofensiva que se deu contra o MST, e contra o Sintusp. Basta de repressão aos trabalhadores e suas formas de organização! Basta de repressão aos movimentos sociais!
Acreditamos que a organização dos estudantes é fundamental, por isso é importante construir espaços verdadeiramente democráticos, onde o conjunto dos estudantes possa se fazer ouvido e representado. Acreditamos ser fundamental a organização de debates e assembléias abertas que todos possam se expressar. E em momentos em que os estudantes tomem a dianteira, que se leve a discussão para dentro das salas de aula de maneira que ela fique cada vez mais viva; nesse sentido pensamos na construção de um corpo de delegados desde as salas de aula, como forma a expressar a discussão no conjunto dos estudantes. Por fim colocamos que a união entre os estudantes se faz necessária, então propomos a construção de encontros estaduais de universidades públicas, privadas e secundaristas que possibilitem estruturar uma organização de todos.
Por um movimento estudantil verdadeiramente Democrático!
Pelo fim da perseguição aos estudantes e lutadores!
Pelo fim do monopólios de ensino! Estatização das universidades privadas!
Contra o vestibular! Ensino para todos!
domingo, 17 de janeiro de 2010
Programa da Gestão Ekóabok
EKóabok quer dizer “ mudar o modo de ser” em Tupi. É exatamente o que nos propomos, mudar toda a relação existente entre os estudantes, como do próprio CAFF, na perspectiva da construção de um Movimento Estudantil diferente, que se proponha a debater com o conjunto dos estudantes. Queremos superar essa forma de relação burocrática do CAFF que tem se dado até então – tanto enquanto intermediário entre os estudantes e a direção e demais instâncias da universidade; assim como no isolamento do CA frente aos estudantes.
Um CAFF que pense e debata nosso curso
Partindo assim de repensar a utilização do CA, como uma entidade que traga o máximo de informação possível, com boletins, organizando reuniões, para, por exemplo, esclarecer as mudanças feitas nos últimos anos com a Reestruturação de 2006, e as demais questões que se desenvolveram desde então onde por diversos fatores, muitos de nós não estamos nem mesmo informados. Para nós é fundamental que os estudantes possam debater sobre o currículo do curso, assim como queremos possibilitar uma visão mais ampla desse processo estabelecendo um intercambio com os demais cursos de Ciências Sociais das universidades estaduais, da USP, UNICAMP, e o campus de Marília, como também das federais e privadas.
Reaproveitar os espaços, possibilitar a integração
Queremos ser um CA que possibilite outros espaços de relação, organizando diversas atividades acadêmicas, como mini cursos, grupos de estudos, palestras, mesas com professores e estudantes, de modo a assim possibilitar que tenhamos mais oportunidades para debatermos, e contato com conteúdos que não temos acesso durante a graduação. Também achamos fundamental que o CAFF organize atividades culturais, festas – onde as bandas e grupos musicais dos estudantes possam se apresentar, oficinas variadas (de acordo com as propostas feitas pelos próprios estudantes), além de tentarmos retomar o projeto de Capoeira. Tudo isso sendo realizado no campus, como forma de facilitar a integração entre o conjunto dos estudantes, onde todos possam se reunir, mesmo estudantes secundaristas e universitários de fora da FCL. Para isso pensamos ser fundamental compor todas essas atividades em parceria com os demais CAs.
Um CA democrático que discuta com todos e milite
É fundamental, junto a todas as propostas que levantamos acima, que o CAFF abra e debata com os estudantes todas as discussões políticas relacionadas ao nosso curso, à UNESP, e questões que extrapolem os muros da universidade, pois entendemos que os estudantes, enquanto agentes – principalmente em um curso de Ciências Sociais – não podem relegar esse papel importantíssimo. Superando as limitações das últimas gestões que, por diversos fatores, não estiveram presente nos problemas enfrentados pelos estudantes, construindo as discussões, como na questão das matriculas no primeiro semestre, a reforma da Moradia, e de construir o debate do PDI e da UNIVESP, que foram construídos por fora do CA, e por campanhas nos campi da UNESP assim como da USP e UNICAMP.
Dessa forma nos propomos a construir um Movimento Estudantil que seja democrático, ou seja, que as discussões cheguem nas salas de aula, e os estudantes consigam realmente se fazerem ouvidos e representados.
Bolsa e Permanência estudantil
A defesa da permanência estudantil plena, para os estudantes que não tem condições financeiras de permanecerem na Universidade, é fundamental, pois muitos alunos que passam no vestibular, não vêm para a Universidade ou abandonam o curso devido à insuficiência de bolsas. Colocando a necessidade de que as bolsas distribuídas garantam a permanência de todos, e que tenham caráter estritamente acadêmicos, e não como bolsas trabalho (BAAE III) que vem no sentido de suprir a não contratação de funcionários dos diversos setores da faculdade.
Terceirização
O próprio caráter da Bolsa BAAE III estabelece uma relação direta com a terceirização, assim como expusemos acima. Além disso, os demais setores da Universidade como limpeza, segurança e o Restaurante Universitário (bandejão) são parcial ou totalmente terceirizados. Esses trabalhadores não têm as mesmas condições que os efetivos, assumindo uma posição precarizada, assim como os estudantes com Bolsa BAAE III. Combinando a luta pelo o fim da bolsa BAAE III por BAAE I (que tem caráter acadêmico), com a efetivação dos trabalhadores terceirizados.
PDI e UNIVESP
Nos comprometemos a retomar a discussão do PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) e da UNIVESP (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), aprovados pela Reitoria e o Conselho Universitário para UNESP no início desse ano, que trarão uma série de mudanças no interior de nossa universidade e em longo prazo nos próprios cursos, como, por exemplo, a possibilidade de fechamento de um curso em um determinado campi, para sua concentração onde também já existe, ou pelo aumento de vagas oferecidas pela UNIVESP, ou seja, por ensino a distância, onde essa proposta tem seu principal foco sobre cursos de formação de professores, como Pedagogia, Letras, Sociais, Matemática, entre muitos outros. Para nós é fundamental nos incorporarmos a esse debate e a luta que está sendo dada pelo conjunto dos estudantes da UNESP, USP e UNICAMP, como expusemos acima.
E porque isso está acontecendo na UNESP
A precarização do ensino que se estrutura na UNESP, através de todas as questões por nós já colocadas, bem como no pagamento por documentos, a falta de professores, o aumento do Xerox e do Bandejão, assim como a restrição da utilização dos espaços do campus, como o fechamento do mesmo aos finais de semana.
Isso ocorre porque a forma como está organizada as instituições de deliberação da universidade (Congregação, Direção, Conselho Universitário e Reitoria), são mantidas por um grupo restrito e privilegiado de professores, que decidem sobre tudo que ocorre dentro da universidade, se utilizando dos mecanismos existentes, como a proporção de representação (70% para professores, 15% para funcionários e 15% estudantes), assim como para eleição do reitor onde apenas professores titulares (que são uma ínfima minoria dos mesmos) podem se candidatar.
O papel da mulher na Universidade
Nos últimos tempos tem ficado cada vez mais clara a opressão que a mulher sofre nas Universidades, ocupando os postos de trabalho mais precarizados (terceirizadas da limpeza e trabalhadoras do RU). Muitas vezes não inseridas nos conteúdos acadêmicos e, sujeitas aos ataques diretos de machismo, como os assédios sexuais ocorridos na Unesp de Araraquara e de Rio Claro, a resposta dada a esses casos são semelhantes a que foi dada ao caso da Uniban, como visto recentemente, em que as direções tentaram abafar o caso o máximo possível e não punindo os agressores, em alguns casos a punição foi para as atingidas. E o machismo é naturalizado através de relações sociais estabelecidas dentro da rotina estudantil, a exemplo de festas com conotações machistas. Precisamos trazer essa discussão para o campus, de forma a combater o machismo dentro e fora da Universidade.
Um Desafio
Sabemos das dificuldades e das limitações de nossa ação, ainda mais nesse contexto, mas acreditamos ser indispensável elaborar e estabelecer o debate e a união entre os estudante, professores e trabalhadores da UNESP, como das demais Universidades públicas e privadas, com intuito de construir uma organização junto aos interesses da população, na perspectiva de uma transformação da Universidade.
Como diriam os estudantes do maio de 68:
“Sejamos realistas, peçamos o impossível!”
Um CAFF que pense e debata nosso curso
Partindo assim de repensar a utilização do CA, como uma entidade que traga o máximo de informação possível, com boletins, organizando reuniões, para, por exemplo, esclarecer as mudanças feitas nos últimos anos com a Reestruturação de 2006, e as demais questões que se desenvolveram desde então onde por diversos fatores, muitos de nós não estamos nem mesmo informados. Para nós é fundamental que os estudantes possam debater sobre o currículo do curso, assim como queremos possibilitar uma visão mais ampla desse processo estabelecendo um intercambio com os demais cursos de Ciências Sociais das universidades estaduais, da USP, UNICAMP, e o campus de Marília, como também das federais e privadas.
Reaproveitar os espaços, possibilitar a integração
Queremos ser um CA que possibilite outros espaços de relação, organizando diversas atividades acadêmicas, como mini cursos, grupos de estudos, palestras, mesas com professores e estudantes, de modo a assim possibilitar que tenhamos mais oportunidades para debatermos, e contato com conteúdos que não temos acesso durante a graduação. Também achamos fundamental que o CAFF organize atividades culturais, festas – onde as bandas e grupos musicais dos estudantes possam se apresentar, oficinas variadas (de acordo com as propostas feitas pelos próprios estudantes), além de tentarmos retomar o projeto de Capoeira. Tudo isso sendo realizado no campus, como forma de facilitar a integração entre o conjunto dos estudantes, onde todos possam se reunir, mesmo estudantes secundaristas e universitários de fora da FCL. Para isso pensamos ser fundamental compor todas essas atividades em parceria com os demais CAs.
Um CA democrático que discuta com todos e milite
É fundamental, junto a todas as propostas que levantamos acima, que o CAFF abra e debata com os estudantes todas as discussões políticas relacionadas ao nosso curso, à UNESP, e questões que extrapolem os muros da universidade, pois entendemos que os estudantes, enquanto agentes – principalmente em um curso de Ciências Sociais – não podem relegar esse papel importantíssimo. Superando as limitações das últimas gestões que, por diversos fatores, não estiveram presente nos problemas enfrentados pelos estudantes, construindo as discussões, como na questão das matriculas no primeiro semestre, a reforma da Moradia, e de construir o debate do PDI e da UNIVESP, que foram construídos por fora do CA, e por campanhas nos campi da UNESP assim como da USP e UNICAMP.
Dessa forma nos propomos a construir um Movimento Estudantil que seja democrático, ou seja, que as discussões cheguem nas salas de aula, e os estudantes consigam realmente se fazerem ouvidos e representados.
Bolsa e Permanência estudantil
A defesa da permanência estudantil plena, para os estudantes que não tem condições financeiras de permanecerem na Universidade, é fundamental, pois muitos alunos que passam no vestibular, não vêm para a Universidade ou abandonam o curso devido à insuficiência de bolsas. Colocando a necessidade de que as bolsas distribuídas garantam a permanência de todos, e que tenham caráter estritamente acadêmicos, e não como bolsas trabalho (BAAE III) que vem no sentido de suprir a não contratação de funcionários dos diversos setores da faculdade.
Terceirização
O próprio caráter da Bolsa BAAE III estabelece uma relação direta com a terceirização, assim como expusemos acima. Além disso, os demais setores da Universidade como limpeza, segurança e o Restaurante Universitário (bandejão) são parcial ou totalmente terceirizados. Esses trabalhadores não têm as mesmas condições que os efetivos, assumindo uma posição precarizada, assim como os estudantes com Bolsa BAAE III. Combinando a luta pelo o fim da bolsa BAAE III por BAAE I (que tem caráter acadêmico), com a efetivação dos trabalhadores terceirizados.
PDI e UNIVESP
Nos comprometemos a retomar a discussão do PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) e da UNIVESP (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), aprovados pela Reitoria e o Conselho Universitário para UNESP no início desse ano, que trarão uma série de mudanças no interior de nossa universidade e em longo prazo nos próprios cursos, como, por exemplo, a possibilidade de fechamento de um curso em um determinado campi, para sua concentração onde também já existe, ou pelo aumento de vagas oferecidas pela UNIVESP, ou seja, por ensino a distância, onde essa proposta tem seu principal foco sobre cursos de formação de professores, como Pedagogia, Letras, Sociais, Matemática, entre muitos outros. Para nós é fundamental nos incorporarmos a esse debate e a luta que está sendo dada pelo conjunto dos estudantes da UNESP, USP e UNICAMP, como expusemos acima.
E porque isso está acontecendo na UNESP
A precarização do ensino que se estrutura na UNESP, através de todas as questões por nós já colocadas, bem como no pagamento por documentos, a falta de professores, o aumento do Xerox e do Bandejão, assim como a restrição da utilização dos espaços do campus, como o fechamento do mesmo aos finais de semana.
Isso ocorre porque a forma como está organizada as instituições de deliberação da universidade (Congregação, Direção, Conselho Universitário e Reitoria), são mantidas por um grupo restrito e privilegiado de professores, que decidem sobre tudo que ocorre dentro da universidade, se utilizando dos mecanismos existentes, como a proporção de representação (70% para professores, 15% para funcionários e 15% estudantes), assim como para eleição do reitor onde apenas professores titulares (que são uma ínfima minoria dos mesmos) podem se candidatar.
O papel da mulher na Universidade
Nos últimos tempos tem ficado cada vez mais clara a opressão que a mulher sofre nas Universidades, ocupando os postos de trabalho mais precarizados (terceirizadas da limpeza e trabalhadoras do RU). Muitas vezes não inseridas nos conteúdos acadêmicos e, sujeitas aos ataques diretos de machismo, como os assédios sexuais ocorridos na Unesp de Araraquara e de Rio Claro, a resposta dada a esses casos são semelhantes a que foi dada ao caso da Uniban, como visto recentemente, em que as direções tentaram abafar o caso o máximo possível e não punindo os agressores, em alguns casos a punição foi para as atingidas. E o machismo é naturalizado através de relações sociais estabelecidas dentro da rotina estudantil, a exemplo de festas com conotações machistas. Precisamos trazer essa discussão para o campus, de forma a combater o machismo dentro e fora da Universidade.
Um Desafio
Sabemos das dificuldades e das limitações de nossa ação, ainda mais nesse contexto, mas acreditamos ser indispensável elaborar e estabelecer o debate e a união entre os estudante, professores e trabalhadores da UNESP, como das demais Universidades públicas e privadas, com intuito de construir uma organização junto aos interesses da população, na perspectiva de uma transformação da Universidade.
Como diriam os estudantes do maio de 68:
“Sejamos realistas, peçamos o impossível!”
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